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CV planejou comprar drone com câmera térmica para vigiar a polícia à noite: 'A gente tem que se adequar à tecnologia', diz bandido

Por VIA G1 em 31/10/2025 às 09:23:19

Uma investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) revelou que traficantes do Comando Vermelho instalados no Complexo da Penha negociam a compra de drones com câmeras térmicas — tecnologia capaz de detectar pessoas mesmo no escuro.

O conteĂșdo das mensagens foi anexado à denĂșncia do Ministério PĂșblico do Rio (MPRJ), que embasou a megaoperação de terça-feira (28), quando chefes da quadrilha foram alvos de mandados de prisão.

Foram presos, no total, 113 suspeitos na operação. Não foram divulgados os nomes de todos os presos ou dos mais de 120 mortos. Poucas pessoas da cĂșpula foram encontradas.

Em um dos trechos interceptados, um criminoso comenta: "O meu não é noturno, o meu é câmera normal. Nós temos que ver o térmico."

Ele recebe a resposta de outro integrante: "A gente tem que se adequar à tecnologia, entendeu?"

Segundo os investigadores, o objetivo da compra seria melhorar o monitoramento de incursões policiais nas comunidades e ampliar o controle territorial da facção — que mantém domĂ­nio sobre mais de mil comunidades no estado. O drone com sensor térmico permite identificar pontos em que as pessoas estejam circulando mesmo à noite. — Foto: Reprodução

Base do Comando Vermelho e estrutura organizada

As investigações apontam o Complexo da Penha como uma das principais bases operacionais do Comando Vermelho no Rio.

Localizado próximo a vias expressas, o conjunto de favelas facilita o escoamento de drogas e armamentos. A partir dali, a facção vem expandindo o controle de ĂĄreas na cidade, especialmente na região da Grande JacarepaguĂĄ.

Imagens gravadas no inĂ­cio da operação de terça-feira mostram criminosos armados se preparando para fugir pela mata. Alguns usavam roupas camufladas e uniformes semelhantes aos das forças de segurança.

De acordo com o levantamento da PolĂ­cia Militar, o Comando Vermelho domina 1.028 comunidades no estado. A expansão, segundo o MPRJ, gerou uma demanda crescente por dinheiro, armamento e homens dispostos a matar ou morrer pela facção.

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