Agente da Senad desce de helicóptero em roça de maconha na fronteira (Foto: Divulgação)
Quase mil toneladas de maconha em fase de cultivo e de preparo para o consumo foram destruídas durante os dez dias da 53ª Operação Nova Aliança, desencadeada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e pela Polícia Federal brasileira na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.
Com apoio de helicópteros da PF e da Força Aérea Paraguaia, equipes terrestres eliminaram roças da erva em áreas de mata no departamento de Canindeyú, na linha internacional com os municípios de Paranhos, Sete Quedas e Mundo Novo.
Desta vez, as ações ocorreram também em Caaguazú e Alto Paraná, outros dois departamentos (equivalentes a estados) onde o cultivo de maconha tem crescido nos últimos anos.
Em balanço divulgado nesta sexta-feira (31), a Senad informou que as ações se concentraram em setores considerados críticos, entre os quais Sete Montes, Pindó e a Reserva Natural Morombí.
Nesses locais, 96 acampamentos montados pelos traficantes em áreas de mata fechada foram destruídos. No entorno, roças da erva em fase de crescimento ocupando 309 hectares, foram cortadas com facões e queimadas. Cada hectare produz, em média, três toneladas de maconha pronta para o consumo. Quase toda a produção é destinada ao mercado brasileiro.
Além da erva em fase de cultivo, as equipes da Senad e da PF destruíram 39 mil quilos de maconha prensada e picada (antes de ser dividida em tabletes). A Senad estimou em 144 milhões de dólares o prejuízo aos narcotraficantes. Quase a totalidade das roças de maconha na fronteira é controlada por facções criminosas brasileiras.
O encerramento da 53ª Operação Nova Aliança, nesta quinta-feira (30), contou com a presença do ministro-chefe da Senad, Jalil Rachid, do embaixador do Brasil no Paraguai, José Antonio Marcondes, e de representantes da Polícia Federal.