Edifício-sede da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) (Foto: Divulgação, Sejusp-MS)
Em 10 meses, Três Lagoas registrou o desaparecimento 51 pessoas, segundo dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Apesar de parte desses casos já ter sido solucionada, os boletins não são atualizados no sistema da secretaria. A média é de quase 40 desaparecimentos por ano.
Entre 2021 e 2025, 210 casos foram contabilizados. Os dados revelam, ainda, que 65% das vítimas são homens, 33% mulheres e 1,5% não tiveram o gênero informado. Apesar da quantidade considerável de ocorrências, os boletins de desaparecimento não são atualizados no sistema da secretaria.
Para o delegado regional da Polícia Civil, Ailton Pereira, essa falha afeta a noção do quadro de desaparecimentos e prejudica o trabalho investigativo. "Muitas famílias registram o boletim, mas depois que a pessoa é encontrada não voltam para dar baixa. Isso mantém os casos ativos no sistema e atrapalha outras investigações", explicou o delegado ao site RCN 67.
O delegado reforça que a importância de fazer o registro imediatamente, assim que o familiar perceber algo fora do normal. "Não existe esperar 24 ou 48 horas. O boletim deve ser feito na hora, com o máximo de informações possível, para que a polícia aja rápido e com mais eficiência", destacou.